sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014


CANTO SEM CANTO

Corre ligeiro o pensamento
Nas sujas asas dos ventos
Mundo alento de bravura,
Fogo, sol e solidão...
Mensagem do coração
Gotas de mel e ternura.


Vida, paz e harmonia,
Arrancos da poesia!
Vento, canto e tempestade...
Águas doces me abraçam!
Mandem pra longe a desgraça
E traga-me a felicidade.

Um sono de solidão
Esfriara-me as mãos,
Este gelo que corrói,
Viajo aos continentes
Sou o único sobrevivente
Nada porém me destrói.

Braços erguidos pra essa luta
Um corcel pula a gruta
O sertão morto e feroz...
Um grito de agonia!
Palavras e teorias...
Me transformaram em algoz!

O tempo está contraditório
O universo um velório!
O globo gira apressado...
Ninguém mais já se conhece
Todo individuo padece,
Do presente ao passado.

José Antonio Basto
28/02/2014



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